Wednesday, October 26, 2005

leisure sites/links

Sobre a Adega Cooperativa de Borba


Considerada este ano a melhor Adega Cooperativa

Borba brinda

A prestigiada Revista de Vinhos, líder da expressão e opinião enófila portuguesa, declarou como «Melhor Cooperativa do Ano» de 2003 a Adega de Borba. Trata-se de um reconhecimento, mais que merecido, a uma das melhores empresas do sector vinícola do Alentejo e do país.

Cada ano, desde há alguns a esta parte, a Revista de Vinhos, guia imprescindível para os profissionais e aficcionados lusos da vitivinicultura, enceta um balanço do que mais e melhor sobressaiu nos últimos doze meses. Dado que se trata do órgão de referência do sector, no nosso país, os prémios que outorga constituem uma honra e um testemunho de mais valia para quem os recebe. Os galardões foram anunciados a 6 de Fevereiro, no Convento do Beato, em Lisboa, e não surpreende ninguém que a distinção à «Melhor Cooperativa» tenha recaído, mais uma vez, a uma empresa do Alentejo. Na circunstância, devemos dizê-lo com inteira justiça, à Adega Cooperativa de Borba. O prémio foi justificado pelos especialistas em função dos “investimentos actualmente em curso para melhoramento qualitativo da produção de vinhos - acompanhamento dos viticultores, aquisição de novas linhas de engarrafamento, alargamento do espaço de envelhecimento em barricas e garrafas, etc. -, bem como pela intensiva actividade da adega no que se refere ao lançamento de novas marcas e remodelações da imagem dos seus vinhos”.

A Adega borbense esteve ainda em destaque pela recepção de mais dois prémios, em concreto na categoria de «Melhores compras de 2003», em que os expertos consideram dignos de nota o Borba Touriga Nacional 2002 e o Montes Claros Reserva Antão Vaz 2002, ambos lançados no mercado há bem pouco tempo. Assim, não foram apenas o esforço e o labor dos responsáveis e associados da Cooperativa de Borba que saíram recompensados, foram também os frutos desse mesmo trabalho que recolheram saliente corolário. Com efeito, empenho e resultados orientam-se de acordo com uma nova lógica de organização desta Adega Cooperativa, que passa pela sua modernização tecnológica e empresarial, e que tem por correlato a renovação tanto das propostas, como da imagem dos próprios produtos. A actividade da Vinícola borbense têm sido extraordinária nestes aspectos e, a prová-lo, estão os nove nóveis vinhos que a mesma projectou no mercado a partir do Verão transacto: os brancos Montes Claros Reserva e montes Claros Antão Vaz, ambos de 2002, tal qual os sete belos vinhos tintos de casta do mesmo ano (cinco monovarietais e dois bivarietais).

Onze milhões de certezas

De resto, aquela que é a Adega Cooperativa mais antiga do Alentejo, cuja fundação remonta a 1955, vê o seu propósito de qualidade transparecer também em expressão quantitativa. Os números são certeiros: Actualmente com 320 sócios, que cultivam mais de dois mil hectares de vinha, a ACB produz em média onze milhões de litro ao ano. Trata-se, curiosamente, de um número idêntico ao volume de garrafas vendidas em 2003. Estes onze milhões de vendas traduzem-se numa facturação naturalmente superior, e que ronda os 15 milhões de euros. Os algarismos são também impressionantes no que respeita ao investimento – e ao que este aporta e significa: Mais de 6 milhões de euros de foram empregues para aumentar a qualidade e a competitividade da Adega, através da aquisição de equipamentos e introdução de outros elementos de aperfeiçoamento tecnológico. Assim, duas novas linhas de engarrafamento vieram permitir exponenciar a produção e o envase do precioso néctar, sem dúvida uma das riquezas do concelho, a par da gastronomia e, claro - do mármore. Como não, a nova cave destinada ao estágio dos vinhos já em garrafa, foi revestida com a ‘preciosa’ pedra branca que sai da mesmo solo onde crescem vívidas as videiras.

O vinho tem, portant

(devido a um erro de formatação alheio à minha vontade e que também danificou o documento guardado no meu pc, o final do texto ficou cortado e é irrecuperável; lamento).


22 febrero 2004

Primavera de intercâmbios na Cidade Condal

Primavera de intercâmbios na Cidade Condal
A Cultura portuguesa mostra-se em Barcelona

Quem se desloque, nestes dias, à Capital da Catalunha, dificilmente poderá escapar à evidência: as artes portuguesas estão em destaque nesta cidade. Várias actividades demonstram o grau de adesão e interesse recíproco que existe entre as culturas de ambos os lados da fronteira, aqui com um especial abraço entre o Mediterrâneo e o Atlântico.

Estamos a 17 de Março. Faltam poucos dias para a Primavera. Batem as 19h30 nos relógios públicos e privados da segunda cidade mais populosa de Espanha. O Auditório da Fundação Caixa Catalunya, amagado na antiga garagem da gaudiana Casa Milà, em pleno Passeig de Gràcia, está repleto para a segunda actuação da fadista Kátia Guerreiro. Entram primeiro os guitarristas e o contrabaixo, que vão criando uma atmosfera sonora. Logo vem a cantora, de longa saia vermelha rendilhada, belo bordado, a esgrimir o canto máximo português. Ao largo de hora e meia, sempre em comunicação fluida com a assistência, repassa um repertório exaustivo, em que interpreta temas tradicionais e canções novas, que demonstram a vitalidade da nóvel geração, de que é uma das principais expoentes. Três destes novos fados têm letra de um dos eminentes escritores lusos da actualidade, que certamente colhe a preferência da fadista. Falamos de António Lobo Antunes, conhecido romancista, mas que também tem, como não, os seus poemas. Ora, nada mais nada menos, o mesmo escritor passa em pessoa pelo mesmo espaço, para outra concorrida apresentação, tão só transcorridas duas semanas, na qual também intervêm dois nomes importantes da presente cena literária catalã: Pere Gimferrer, membro da Real Academia Espanhola, e Anna Maria Moix, que o ano passado recebeu o Prémio da Aula de Poesia de Barcelona.
Tanta actividade cultural notória, ainda para mais em pleno coração da cidade, e logo num dos seus lugares de excelência – falamos da famosa La Pedrera, uma das obras mais sofisticadas de Antoni Gaudí – dá azo a algum desconcerto. Mas só para os mais desatentos, afinal. No primeiro andar do magnífico edifício, habitualmente reservado pela Fundação Caixa Catalunya para exposições, podemos apreciar agora uma mostra que reúne Cinco Pintores da Modernidade Portuguesa, em concreto, Almada Negreiros, Amadeo de Souza Cardoso, Maria Helena Vieira da Silva, Joaquim Rodrigo e Paula Rego. Com mais de cinquenta obras representativas, a colecção segue patente até ao dia 16 de Maio, encabeçando assim as actividades do «Festival Portugal: Artes e Letras», que principiou em Fevereiro e se estende por mais um mês.
O programa inclui uma conferência pelo Professor José Augusto França, um concerto com Maria João e Mário Laginha ou ainda um encontro com o realizador Manuel de Oliveira, antecedendo uma sessão de documentários seus rodados no Porto. Estamos, portanto, bem representados, com um naipe variado de actividades e autores. E, além dos mais, a maior parte dos eventos são de entrada livre, o que atrai obviamente um público suplementar.

Serralves na Outra Caixa
Gratuita também, porque é um signo da própria cultura, corre outra importante exposição em que intervêm vários nomes portugueses. Finaliza a 25 de Abril e acontece no Centro Caixa Fórum, pertencente à Fundação da Caixa d’Estalvis de Barcelona, ou seja, a entidade rival da Caixa Catalunya, que organiza o evento atrás referido. Parece assim que o nosso país se tornou um ponto de enlace decisivo na rivalidade – saudável, entenda-se – que protagonizam estas duas entidades, na manutenção do élan cultural da cidade barcelonina – onde, recorde-se, viveram e trabalharam pintores como Picasso, Miró e Dalì, arquitectos como Gaudí, Calatrava e Van der Rohe, e onde ainda hoje pontificam artistas tão diferentes como Monserrat Caballé, Jordi Savall, Manu Chao ou La Fura dels Baus.
Assim, tendo a Caixa Catalunya investido na divulgação da Pintura Moderna portuguesa, a Caixa de Barcelona apostou na Arte Contemporânea, criando esta mostra que é um diálogo, com tudo o que o cruzamento de olhares implica e aporta: as similitudes e as diferenças. Intitula-se pois «Arte Português e Espanhol dos Anos 90 – Encontro entre duas Colecções». O lado lusitano é representado, e dignamente, pela Fundação de Serralves e «nuestros hermanos» por peças da colecção da própria Caixa de Barcelona.
Nesta relevante mostra participam assim os nomes emergentes do panorama das artes plásticas de ambos os lados da fronteira, como os catalães Martí Anson e Antoni Abad, os bascos Txomin Badiola e Pello Irazu, a valenciana Elena del Rivero, o sevilhano Pedro Mora, os lisboetas João Tabarra, Francisco Tropa e Rui Toscano, a portuense Filipa César e a luso-descendente Joana Vasconcelos, nascida em Paris. Todos concorrem na apresentação de trabalhos de fotografia, escultura, instalação e multimédia, entre outros formatos, sendo temática dominante um olhar analítico, crítico e até irónico sobre as sociedades dos respectivos países.Uma vez terminada em Barcelona a sua carreira, onde certamente contará com muitos visitantes, esta mesma exposição irá transcorrer mais de mil kilómetros e oferecer-se ao público no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, fechando assim o que antes descrevíamos como o frutuoso abraço entre o Mediterrâneo e o Atlântico.

As Pontes para o futuro – o Fórum
Curiosamente, o intercâmbio entre Barcelona e o Porto ganha forma num outro encontro, de menor peso, mas indicador que não são apenas as grandes instituições que levam a cargo este compromisso, mas que ele já corre no sangue dos mais novos. De facto, no Casal de Associações Juvenis de Barcelona, espaço polifacético e pós-modernizado, poderemos encontrar, a partir deste mês, «Mirades Creuades», uma recolha fotográfica de jovens das duas cidades, chamadas Condal e Invicta pelos sucessos das suas histórias. Consiste de «um intercâmbio que visa aprofundar reflexões sobre a imagem da cidade, os seus colectivos e as suas problemáticas», expressam os organizadores, a Alternativa Jove per a la Interculturalitat, pelo lado barcelonense, e a Associação Sentidos Grátis, pelo portuense.
De resto, e já que falamos de interculturalidades e mestiçagens, Barcelona vai conhecer a partir já de 9 de Maio um verdadeiro mega-evento, que serve não só para reabilitar uma parte olvidada da cidade, a foz do Rio Besòs, na parte leste que confina com Badalona, como também para dotar esta importante metrópole mediterrânica - há muito habituada a grandes realizações mundiais (duas exposições universais e uma edição dos jogos olímpicos que passou à história como a melhor de sempre) - , de um complexo de congressos que estará entre os maiores e melhores equipados do mundo. Trata-se do Fórum das Culturas 2004, uma organização conjunta da UNESCO, Estado Espanhol, Generalitat de Catalunya e Ajuntament de Barcelona, que enfoca como temáticas panorâmicas a diversidade cultural, a aproximação entre os povos e o desenvolvimento sustentável.
Já sabemos que estas propostas ficam para a posteridade sobretudo como simbólicas e que pouco empenho repercutem da parte dos poderes políticos e económicos. Por isso, há a reter especialmente a dimensão cultural e artística do certame, que, neste aspecto sim, será, por assim dizer, ‘espectacular’: em cinco meses, estão previstas mais de 450 actuações, entre as quais de nomes sonantes como Bob Dylan, Sting, Alejandro Sanz, Lenny Kravitz, Dido, Gilberto Gil e um festival organizado pela MTV.
Para visitar Barcelona, ao fim e ao cabo, não é senão mais um pretexto.
09 abril 2004


Links: www.barcelona2004.org
http://obrasocial.caixacatalunya.es/
www.caixaforum.org
www.casalbcn.info

Primavera de intercambios en la Ciudad Condal


Primavera de intercambios en la Ciudad Condal
La Cultura Portuguesa en Barcelona

Quien pase estos días por la capital de Cataluña difícilmente podrá escaparle la evidencia: las artes portuguesas están en relevancia en esta ciudad. Varias actividades demuestran el grado de adhesión e interés recíproco entre las culturas de ambos países ibéricos, aquí, en especial enlace entre el Mediterráneo y el Atlántico.

Era el 17 de Marzo, casi Primavera. Los relojes señalaban las 19h30 en la segunda ciudad de España. El Auditorio de la Fundación Caixa Catalunya, ubicado en el antiguo garaje de Casa Milá, en pleno Paseo de Gracia, se encuentra lleno para la última de las dos actuaciones de Kátia Guerreiro, una de las principales voces de la actual escena de Fado. Primero entran los guitarristas y el contrabajo, creando una atmósfera sonora. Luego, la «fadista», con una magnífica falda roja a la moda del Miño, para encantar con la música más portuguesa de todas. A lo largo de hora y media, comunicó siempre con la audiencia, a quien regaló sus interpretaciones personales de los temas tradicionales, además de algunas canciones nuevas. Así queda demostrada la vitalidad de la nueva generación de intérpretes. Tres de las nuevas canciones recogen los poemas de uno de los más destacados escritores lusos, Antonio Lobo Antunes. Y, bien, tan solo dos semanas más tarde, él mismo pasó por este auditorio, en otra concurrida presentación, acompañado de dos nombres importantes de las letras catalanas de hoy: Pere Gimferrer, miembro de la Real Academia Española y Anna Maria Moix, última ganadora del Premio de la Aula de Poesía de Barcelona.

Tanta actividad cultural podría desconcertar, pero solamente al poco atento. Es que arriba, en la primera planta, habitualmente reservada a exposiciones, la Fundación Caixa Catalunya organiza la muestra «Cinco Pintores de la Modernidad Portuguesa». Son ellos Almada Negreiros, Amadeo de Souza Cardoso, Maria Helena Vieira da Silva, Joaquim Rodrigo y Paula Rego, con sus personalidades y estilos pictóricos diversos y característicos. La exhibición permanece hasta el 16 de Mayo, sirviendo de hilo entre las demás actividades del «Festival Portugal: Artes y Letras», que toman lugar en este mismo edificio – hablamos de La Pedrera, emblemática construcción de Antoni Gaudí y del Modernismo barcelonino. Hasta mediados del próximo mes, por lo tanto, hay todavía mucho que ver y oír, como el concierto de Maria Joao y Mario Laginha, con su peculiar fusión de jazz y músicas del mundo, o las películas documentales sobre el Duero, del reconocido director Manoel de Oliveira, que estará presente en la ocasión. Además, siempre con entrada libre.

Puentes desde Oporto
Gratis también, pues así debe ser la cultura, es el acceso a la importante exposición que se celebra en otro centro de Barcelona y en la cual también participan artistas portugueses. Se trata de Caixa Forum, el excelente espacio cultural de la Fundación «La Caixa», donde se exhibe el «Arte Portugués y Español de los Años 90: Encuentro entre dos Colecciones».Con un título quizás largo, pero a la vez aclarador, esta muestra pretende ser un cruce de miradas entre las tendencias estéticas más recientes de ambos lados de la frontera. Las colecciones que se encuentran y dialogan son, de una parte, la del propio Caixa Forum, que así elige lo mejor del arte español de los últimos años, y, por la parte lusitana, la Fundación de Serralves, de Oporto, responsable del Museo de Arte Contemporáneo de la misma ciudad, y que constituye sin duda la referencia nacional desde su creación hace unos quince años.
De esta forma se reúnen alrededor de 25 artistas portugueses y españoles, con trabajos de fotografía, escultura, instalación y multimedia. Entre ellos, domina una temática de observación, a veces crítica e irónica, de la sociedad en que vivimos. Una vez concluida su presentación en Barcelona, el 25 de abril, fecha de la revolución de los claveles, la muestra se desplaza al citado Museo de Serralves, cerrando así el puente, o el abrazo, entre Oporto y Barcelona, entre el Mediterráneo y el Atlántico.
Acaso haya un lazo invisible entre estas dos ciudades, las segundas de sus países, poseedoras de una fuerte tradición mercantil, también cultural, y además unidas por la rivalidad hacia las respectivas capitales. Lo cierto es que el encuentro se prolonga en otro evento, de menor dimensión, pero indicador de que no sólo las grandes instituciones se implican en este proceso. De hecho, a partir del proximo 26 de abril, en el Casal d’Associacions Juvenils de Barcelona, espacio seguramente polifacético y de resonancias posmodernas, será posible ver otra exposición, «Miradas Cruzadas», que recoge las aventuras fotográficas de jóvenes de Barcelona y Oporto. Sus promotores son la Alternativa Jove per a la Interculturalitat, de la ciudad condal, y la asociación Sentidos Grátis, de la urbe «Invicta», para quienes el evento representa «un intercambio de reflexiones sobre la imagen de las ciudades, sus colectivos y sus problemáticas». Barcelona, metrópolis mediterránea, es así cita de encuentro. Dentro de poco estará también ahí el Fórum 2004 para atestiguarlo.

Links: www.barcelona2004.org
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www.caixaforum.org
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nao sei
Não sei se estás aí,
se és doce ainda,
se escurecem flores amargas nas pontas estriadas do teu cabelo.

Os anjos escorriam antes dos teus poros,
era o seu máximo viver.

Eu nunca fui anjo.

Tarde enjeito o dia das excomunhões.
A música sela-me os lábios sem beijos de madrugada.
Amo o amor.
Dias felizes e inquietos, o mar nos cabelos e nos sexos.
O vento nos sinos das catedrais.

Quero escrever com as tuas mãos.
17 abril 2004

Maps and cities worldwide

links da amigalhada

Joana Linda (as Cindy S.): http://www.lightstripping.net/

Joana Linda (mesmo linda): http://www.livejournal.com/users/singingsmile/

Wannes et Isabel Barceloning et alia: http://www.e-xperience.be/barcelona/

Mercé Amat: http://www.merceamat.net/

Artigos Paulo Mendes no longer avaliable, sorry

sites variados assorted links

Blog Search Engine: http://www.blogsearchengine.com/

Blog Wise yes it is: http://www.blogwise.com/

Canal de Livros PT: http://canaldelivros.com

Rádios de Portugal e outras: http://www.activeradio.org/drupal/?q=node/1

E enfim, a RUC: http://www.ruc.pt/

Videoclip Lodger, grupo finlandês: http://koti.welho.com/alaari/lodger/
http://www.lodger.tv/

O Porto e Évora, (b)linking

Barcelona mapas guias y utilitarios

Enllaços culturals Barcelona

MEDIATECA: http://www.mediatecaonline.net/

La rosa de Foc: http://www.larosadefoc.com/

INFO cultura GENERALITAT: http://cultura.gencat.net/

Fest Cine Indep L'alternativa: http://alternativa.cccb.org/

Casal Juvenil / Transformadors: http://www.casalbcn.info/casal/ct/index.htm

Barcelona Visual Sound: http://www.bcnvisualsound.org/ct/index.html

Primavera Sound: http://www.primaverasound.com/

Saturday, October 15, 2005

Sophia apud Bárbara

A hora da partida soa quando
Escurecem o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.


06 julio 2004 Cortesia Bárbara Bettencourt

nada menos que más links


cinema na cidade
continua o mesmo Nuno Belo e toda a valente equipa do Pátio do Cinema a fazerem o seu excelente trabalho. Tenho pena de não poder estar mais perto de vocês.
Programação disponível em: www.cm-evora.pt/agendacultural

e por favor escutem Kings of Convenience, uma das minhas últimas descobertas. Epifánico. Mais que o Gabriel (perdona Mejicano) . Alex
19 julio 2004


Sigur ROs e Merce Cunningham
manda-me também o Nuno Belo, internauta espampanante, este link sobre os Sigur Ros e sua colaboração com Merce Cunningham:
http://merce.sigur-ros.com/
Fica também a quem lhe interesse.
19 julio 2004


links da ELisa
Agora falo com ela muitas vezes no messenger da yahoo, a Mariana e a Laura também.
é bom, bonito, fácil e barato.
Deixou-me estes dois links:
http://www.peachesrocks.com/
e
http://www.fatherfucker.net/

19 julio 2004


teneis que verlo
bueno, este si que tenéis que verlo, que fuerte:
http://www.elmundo.es/elmundo/2004/06/24/espana/1088095266.html
06 julio 2004

Carlos Paredes e At.tambur

Carlos Paredes e At.tambur
Primeiro morreu Sophia, agora Carlos Paredes. É verdade que já estava doente há muitos anos, mas sempre nos causa alguma perplexidade.
Aproveito para deixar link para www.at-tambur.com que também lhe prestam tributo.
é em qualquer caso um site bem feito.
24 julio 2004

juegos y otros links

saltinhos na praia
o meu principal fornecedor de estes joguinhos continua a ser o Nuno Belo, :e: portalegrense em Évora, activo como se vê. Este jogo dos saltinhos na praia não é assim tão especial, mas enfim, para quem lhe ache piada, aqui fica o link:
http://www.bikinibounce.com/en/index-f.html

03 agosto 2004

simpsons in India
Bem, hoje estou mesmo voltado para isto, mas este também vale a pena e é rapidinho :D
http://funny.ansme.com/videos/singhsons.html

24 julio 2004

um jogo porreirazo...
http://www.wagenschenke.ch/
o jogo do embriagado que nao se sustém----- :fr:

24 julio 2004 british weather....
i mean, british WEDDING... :-x
Look how they are so lovelly; it looks like a fairy tale ....
(sorry photo no longer avaliable)

24 julio 2004

mira que tienen ellos

mira que tienen ellos al final links también. Els agafo. Jo agafo tot, com la Agnés Varda.... :P
Transporte
www.tmb.netwww.renfe.es

Planos
www.qdq.com
Ocio
www.bcn.eswww.timeout.com/barcelonawww.barcelona-metropolitan.comwww.fattirebiketours.com

Linea aerea www.iberia.com
24 julio 2004

link chiringuito
Os dejo (me dejo también a mi) el link para el chiringuito de Barcelona..
www.chiringuito-barceloneta.com
a ver que tal.

E agora também Mariana



Sou, no sigilo abundante da tua conta ontológica

Brado brandos costumes, ensalivada de mim

Amo essas raparigas que tu vês passar

Leio-lhes as línguas com a minha

vou ao teu suco,

je nital

MD
18 mayo 2004

Mais de Mariana, desejo



sou junto do teu tronco

prazer in-definido

fruta doce fora da época

todas as castrações do mundo

ilustre lustro

das comarcas

filibusteiras nas feiras

do sonho e do prazer

MD
18 mayo 2004

P O E S I A

La Poesía es un Lugar en las Palabras

Esta obviamente não é da minha autoria...

grandes clássicos da literatura

Quem nunca leu os grandes clássicos da literatura pode agora ler estes magnificos resumos.

1) Marcel Proust. À Ia recherche du temps perdu. Paris, Gallimard. 1922 I.ere edition) À procura do tempo perdido. Livros do Brasil – Colecção Dois Mundos). 1965 Resumo: Um rapaz asmático sofre de insónias porque a mãe não lhe dá um beijinho de boas-noites. No dia seguinte (pág. 486. I vol.), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (pág. 1344. VI vol.) tem um ataque de asma porque a namorada (ou namorado?) se recusa a dar-lhe uns beijinhos. Tudo termina num baile (vol. VII) onde estão todos muito velhinhos e pronto.

2) James Joyce. Ulysses. Paris, Shakespeare Co. 922 – trad. Portuguesa (obrigatório dizer - é má) de João Palma-Ferreira. Resumo: Um dia na vida de um judeu chamado Bloom que vai cagar no primeiro capítulo. Um estudante chamado Daedalus masturba-se na praia. O judeu bebe uns copos e fala com o sapato. A mulher do judeu (que é cantora) lembra-se de como fornicou o dia todo com o seu amante. Termina com a palavra «Sim», prova indiscutível de que se trata de um livro inteiramente positivo.

3) Júlio Dantas, A Ceia dos Cardeais, Lisboa, Lello, 1908 – traduçãoportuguesa de David Mourão-Ferreira. Resumo: Era uma vez três cardeais. Um era português, o outro espanhol e o outro francês. Estavam a jantar no Vaticano e lembraram-se de comparar engates. O francês tinha muita lábia, o espanhol muita bazófia mas o português é que a sabia toda. No fim, os outros baixaram a bola e reconheceram como é diferente (e melhor) O amor à portuguesa. Ou, como disse no fim o cardeal inglês. «Portuguese do it better».

4) Leão Tolstoi, Guerra e Paz, (1800 páginas) Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra e por isso Napoleão invade Moscovo. A rapariga casa-se com outro. Fim.

5) Luís de Camões, Os Lusíadas (várias edições) Resumo: Um poeta com insónias decide chatear o rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa porreiraça), têm o justo prémio numa ilha cheia de gajas boas.

6) Gustave Flaubert, Madame Bovary, (378 páginas) Resumo: Uma dona de casa engana o marido com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do talho, o merceeiro, e um vizinho cheio de massa. Envenena-se e morre.

7) William Shakespeare, Hamlet, Londres, Oxford Press Resumo: Um príncipe com insónias passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada que entretanto se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha morto o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com uma caveira e morre, assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que se tinha suicidado.

8) Anónimo colectivo, Antigo Testamento (2 vol.) Resumo: A mesma história tem dezenas de versões. Trata-se da saga de uma família através de várias gerações. Uma história de poder, luxúria, paixões incandescentes, ambições desmedidas, crimes hediondos e sexo.

9) Anónimo colectivo. Novo Testamento (4 versões) Resumo: Uma mulher com insónias dá à luz um filho cujo pai é uma pomba. O filho cresce e abandona a carpintaria para formar uma seita de pescadores. Por causa de um bufo, é preso e morre.


(20 julio 2004 )

Ai, o Blog do Manel...

o blog do manel
enviou-me a Iris, milanesa, estive a dar uma leitura, e sinceramente gostei, por isso enlaço:
www.desumanidades.blogspot.com

Tuesday, October 11, 2005

juego del condom game

juego del condom game
:P
Bueno, estamos muy lúdicos últimamente, y luego yo que queria hacer de este site algo muy serio.
este es con condomes: http://viral.lycos.co.uk/games/condomgame.html
:-x
EPa, è qué lá sabé s'elas engravidan o ná, e vo mazé tirare esta merda que já na aguento mais a rasca pa mijari.
10 agosto 2004

A Internet tem um fim...

A Internet tem um fim...
Assim parece, melhor dizendo, assim alguém quis fazer parecer. (adoro construções gramaticais com três verbos, eh eh).

A ideia tem obviamente a sua piada, só é pena que o brincalhão não tenha mais cuidado com a ortografia ... «desliguar» soa muito mal.

http://homepage.oninet.pt/684mcn/final/


Apressem-se antes que feche...

Cortesia BB

20 septiembre 2004

Zappa y las elecciones americanas

Es que ha sido Frank Zappa !
Naturalmente, debido a la influencia que el país ejerce sobre todo el planeta, las elecciones presidenciales en los Estados Unidos de la América (el país sin nombre propio, como notó Godard) están despertando los humores y las atenciones.
Entre lo que viene a la huella, se recuperó la idea de que todos los habitantes de la Tierra pudieran votar en los comicios. Digo 'recuperó' porque la idea no es nueva, ya tiene unos años. Su mentor, o al menos quien la divulgó, fue el defunto Frank Zappa. Ese mismo, el cantor iconoclasta y escatológico. Por lo tanto, nada de que se trata una nueva idea, que va, si el amigote Zappa ya ha muerto hace ... once años! (como pasa el tiempo, hijos).
Esto a proposito del email que hoy mismo colecté:


Subject: E se todos os Cidadãos de Mundo pudessem votar nas Presidenciais Americanas?
Caros,

Dizia há pouco tempo um qualquer opinion maker que não me lembro o nome, que qualquer Cidadão do Mundo deveria poder votar nas Eleições Presidenciais Americanas. Concordo. São tantas e tão pesadas as consequências das decisões tomadas pelo tutela Americana para os restantes habitantes do Planeta que, de facto, sou obrigado a concordar.
Neste sentido foi criado um site que vem recolhendo votos virtuais de Cidadãos de todo o Mundo nos candidatos americanos à presidência. Podem aceder a ele em www.us-election.org
Os resultados da votação para Portugal estão aqui. Até ao momento votaram 478 Portugueses

Se estiverem interessados em ver as opiniões dos candidatos para as áreas da Ciência e Tecnologia vejam isto.
Este é o blog do Público sobre as Presidenciais Americanas.
20 septiembre 2004


consecuencias de la anterior (Zappa)
Bueno, yo me fui a las estriberas...
Le contesté a mi amigo Nuno, autor no del texto, sino del envío, que la idea es intolerable, en cualquier caso. Que no puedo estar de acuerdo.
pienso que si todos los ciudadanos del mundo votasen en las elecciones americanas, eso representaria acatar submisamente que son ellos quien de hecho ordenan y comandan en el mundo y que nosotros no estamos sino directamente que a sus órdenes.
Se puede obstar que ESO es la verdad y no se le puede escapar, pero yo, de verdad también, prefiero el inconformismo, que me disculpáis..Por supuesto que entiendo que la idea, también provocatoria, tenga su curiosidad como hipótesis académica, mas meramente en ese plano. Lo mismo me comentaba Nuno, en un email posterior.Más facilmente votaría por Zappa, incluso estando muerto.
(sin embargo, es curioso ver que entre los candidatos a la presidencia, además de los dos evidentes, hay también un negro y una mujer; podremos votar tres veces?)
20 septiembre 2004 comentarios trackbacks [0]

parece que há metereologia em évora!

parece que há metereologia em évora!
o Nuno, fabuloso tanto como fastidioso :-x, enviou-me dois links curiosos sobre os exercícios metereológicos em Évora e no Alentejo, bonita terra, dizem.
Bom, sáo estes:
http://www.cge.uevora.pt/mapa/port.html
http://www.cge.uevora.pt/index.php?CGE_Session=5d33444b1c79de1b80ed763699f763ee
Curioso, sobretudo.

un año despues, vuelve de nuevo - Wintercase (y la troupe Razzmatazz)

Adicionalment, aqui teniu també un'altre link emocional response fur diese sache
En www.agendasanmiguel.com
encontrarás reportajes, audio y vídeos sobre todos los artistas del festival WINTERCASE
(:l)

el texto sobre el recopilatorio, a ver si cola
incluye los grupos The Libertines, Franz Ferdinand, The Raveonettes o Rocket Science, la electrónica más gamberra de la mano de Chicks on Speed o Princess Superstar, el pop melódico de Delays, The Veils o Starsailor, el electropop más cañero de Relaxed Muscle o Fat Truckers, así como una amplia representación del indie nacional en el que aparecen desde nombres consagrados como Chucho hasta nuevas promesas como Lori Meyers, Bondage o Dorian.

:fu:

razz 04 (explicatio dilucidatio enigmis)

recopilatorio "Razzmatazz '04"
La Sinnamon también publicó un recopilatorio de buena música indie,
"Razzmatazz '04" (Creo que actualmente ya existe el 05)

www.sinnamonrecords.com
www.salarazzmatazz.com

Ahi Viene el Wintercase de nuevo!
Nueva edición del Festival Wintercase, Barcelona, Madrid, Valencia y Bilbao, para el mes de Noviembre.
Detalles en www.wintercasesanmiguel.com

10 octubre 2004 transformado en 11/10/05

Formas de resistencia

Okupas resisten en Barcelona...
En el Pati Blau de Cornellà, ocupado desde 1998, los squatters han resistido al desalojo...
Y fueron cargados por la Policía.
En Coimbra, los estudiantes de la Universidad protestaron contra el aumento de las tasas de matrícula y la caída de calidad de la educación.
Y fueron cargados por la Policía.
(Ser Policía, hoy en día, debe estar de putamadre)
Sobre la crisis de Coimbra, largamente ignorada por los medios de comunicación NACIONALES de Portugal (no hay que explicar razones, es evidente) pódeis leerlo en las webs de la Radio Universidade y en la prensa local:
http://www.ruc.pt/ ver 'informação'
http://www.asbeiras.pt/?ed=21102004 (excelente reportagem)
http://www.diariocoimbra.pt/8524.htm
:(
Das Beiras, http://www.asbeiras.pt/?area=coimbra&numero=18436&ed=22102004
chega também a lamentável notícia da dissolução da Filarmonia, a Orquestra do Centro do País. A música é outra agora, e cheira muito mal, cheira a Santana.:-1



24 octubre 2004

Epitafio por John Peel (hace casi un año)

Epitafio por John Peel
noticia esta manhã na RUC:
O mais famoso radialista de sempre, John Peel, morreu na passada terça-feira, no Perú, na cidade de Cuzco aonde estava a passar férias com sua mulher Sheila, vítima de ataque cardiaco.
John Peel era o mais antigo radialista da BBC Radio1 e o seu contributo para a música e sua cultura é imensurável. Foi dos primeiros DJs do mundo a expôr, no verdadeiro sentido da palavra "Serviço Público", as primeiras formas do Punk, do Hip-Hop ou mesmo do Reggae. Que o digam os Joy Division, os The Fall (assumidamente uma das melhores bandas de Peel), ou mais recentemente, os White Stripes. A BBC Radio1, depois de ter anunciado a morte de John Peel, passou "Teenage Kicks" dos The Undertones, a música preferida de Peel.
John Peel, sempre um passo à frente do resto do Mundo com as suas Peel Sessions, foi o melhor amigo que a música jé teve. Que a voz nunca lhe falte...
Bruno Simões

27 octubre 2004

No todo se pierde - algunas web de viajes

Recordações de tempos claros


Recordações de tempos claros
Coimbra-Lecce, email de 14 Mar 2002
......................
Amigos e não só,Venho por este meio confirmar que os rumores são verdadeiros:Vou 3 meses para Itália. E claro, 3 meses significa que não irei de férias...A cidade é Lecce, na ponta sul. Aceitam-se inscrições para visita. Ainda não sei a morada, mas para aqueles que estiverem interessados, indicarei depois.De qualquer forma, fica sem efeito a minha residência de Coimbra, na Rua Ferreira Borges. Quando regressar já não volto para lá.

É claro que vou sentir saudades. Em especial da Margarida, da Joana, da Inês, da Isabel..., das sessões especiais no Avenida, dos espectáculos no TAGV, da movida teatral e musical, do Largo do Salvador by-day’n’night, do vinho (do) pinto, da Onix no Quebra-Costas, das tostas de galinha do Taskuela, do Piano Negro e das suas Leffes a preços inexpugáveis, do lote moka-índia do Café Feb, dos vinhos com o Humberto na Galeria Santa Clara, dos cozinhados apimentados do Carlos Jorge Alan-Gasosa, do doce de amêndoa e da carne recheada do Páteo, do incomparável arroz de lulas da Chaminé, dos cavalos de tróia do bar da OAF, da mousse de chocolate do Nicola, de todas as pastelarias, particularmente as da Rua da Sofia – e entre estas, particularmente a Sirius, do frango com migas da cantina dos grelhados, do sumo natural de laranja a 60 cêntimos da cantina do Parque da Sereia, Da vista da Couraça e do Bar de Arquitectura, e do Café do Museu Machado de Castro, do Criptopórtico e das descidas nocturnas ao segundo piso, de todas as tascas da Baixa, dos espaços verdes, do nevoeiro nocturno sobre o Mondego, da Lua sobre a Alta, e de todas aquelas coisas que não vêm nos guias turísticos e só se conhecem vivendo lá.


Quanto à RUC, provavelmente a melhor rádio do mundo, também irei sentir a sua falta quotidiana, mas sempre dá para ouvir na net de vez em quando...Qualquer assunto ali pendente, é encaminhá-lo para o meu irmão, que mora na Rua de Salvador, 28, 3000-373 Coimbra, ou para os meus pais, Travessa Paulo Ramalho nº8, 7000-566 Évora.Bye bye e apareçam nella bella Itália.Ciao,

Alexandre Nunes de Oliveira

Data:
Thu, 14 Mar 2002

Antes da Covilhã, por episódios


Na Volta da Nostalgia - Antes da Covilhã
Depois das histórias que fazem jus ao mito de que Coimbra sim tem mais encanto na despedida, entronquei agora noutras púngidas recordações escritas, há já mais de dois anos, para a Marta Miranda, a qual, curiosamente, viria a encontrar dois meses depois, de forma totalmente imprevisível, numa rua da Covilhã. Foi a primeira vez que estive em tal cidade. E ela também. Nenhum de nós fazia a menor ideia que o outro estaria por ali. E encontrámo-nos, aí, nessa rua estreita de cidade de província, às 21h da noite ou coisa assim.
O texto chama-se por isso, de forma apenas evocativa, ou seja, sem conteúdo algum, «Antes da Covilhã», e apresenta algumas rasuras com respeito ao original. Isso explica-se pelo facto de ser uma carta e, portanto, nos dirigirmos a uma pessoa de forma que pode despertar sentimentos susceptíveis em terceiros, sobretudo se esses terceiros são aludidos. E dois anos é um tempo que já permite a revelação de alguns segredos, omissões, desatinos, transversalidades e considerações, mas não de todos, obviamente.Segue nos seguintes. Beijinhos. E que ninguém se magoe.

Antes da Covilhã, I
Para MARTA MIRANDA, 31 de Julho de 2002
Realmente, faz tempo que não falamos e tenho saudades tuas.Culpa minha porque não me informei devidamente do teu novo endereço de email, mas principalmente tua que não mo comunicaste, nem sequer tenho o teu actual nº de tm...Assim estaremos a partir de agora mais contactáveis, mutuamente, assim espero.De facto, 'tive a beber um copo com o Thom Yorke (e não Tom York, assim não casas com ele...) na sexta-feira passada no Aniki-Bóbó. Eh eh.Além da novidade da criação da revista, faço-te de bom grado um resumo dos meus últimos meses de vida, caso por ninguém tenhas sido informada:- Eu e a Xana rompemos (depois de tensões acumuladas ao longo de dois meses, que se revelariam fatais) em finais de Abril de 2001. Ela optou por deixar de me falar. Eu caguei.


Antes da Covilhã, II
- Sensivelmente nessa altura, comecei a andar com a Elza, uma pessoa extraordinária. Pelo menos, pensei assim até ela ter acabado comigo, em princípios de Setembro 2001. Fiquei muito em baixo, até porque nunca percebi bem as razões que a levaram a cometer acto tão tresloucado. Foi depois da minha digressão europeia (tive uma semana na Bélgica, outra no Norte de Itália, e uma terceira em Madrid; foram umas férias féericas!). Quando voltei, desfrutando ainda do maravilhoso trabalho no site da Yorn e das tremendas vantagens de mobilidade que me permitia, comuniquei-lhe que ia deixar de viver em Lisboa. Talvez essa tenha sido uma das razões. Mas ela nunca mo disse. Poderíamos ter conversado sobre o assunto. De modos que, com o coração destroçado, sai mesmo de Lisboa. Aluguei um quarto em Coimbra, na RUA FERREIRA BORGES (sim, a sério!).

Antes da Covilhã, III
- Antes de me instalar lá, porém, fui a Faro (fim de Setembro) aproveitar as últimas deixas do Verão. Conheci a Margarida, com quem ainda mantenho hoje uma relação [Estamos em 31/7/2001]. Mas depois da Elza, [pequeno trecho censurado]. O último trimestre do ano passei-o a circular pelo país: Faro-Évora-Lisboa-Coimbra, sensivelmente à razão de uma semana em cada sítio. Consubstanciei-me enquanto entis viajatorius. Entre Novembro e Dezembro tive um caso frugal com L. [parcialmente censurado]. Depois veio a má notícia: A Yorn ia cortar no orçamento, blá blá blá, prescindiram dos meus serviços. Fiquei na merda. Em Janeiro e Fevereiro, continuando em Coimbra, procurei lá trabalho, e também no Porto, mas sem grande sucesso. Inscrevi-me num curso de Criação e Gestão de Empresas (daqueles de três meses em que não se aprende nada), uma vez que tinha algumas ideias para montar os meu próprios negócios. Entretanto, entrei em rotura com a Visão. O último artigo meu que publicaram foi na primeira semana de Janeiro, 2002, sobre o Centro de Artes Performativas do Algarve (CAPA) e não gostei particularmente que me tivessem alterado o título e os últimos parágrafos do texto. Além disso, reduziram o pagamento. Ainda assim, combinei mais dois artigos com eles, só que a coisa correu mal. O primeiro, sobre o Fantasporto, apareceu completamente alterado e sem o meu nome. O segundo, sobre o Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, ao que julgo, nem sequer foi publicado. Acontece que eu dei a cara pelos dois, fiz contactos, desloquei-me e no fim quem ficou mal visto fui eu. Não faço tenções de voltar a escrever para aquela revista de imbecis.

Antes da Covilhã, IV
Tudo corria mal, portanto, até que recebi a visita de um amigo de infância, também chamado Alexandre, a pretexto de uma conferência sobre Globalização (um tema que lhe interessa), organizado pelo Boaventura Sousa Santos. Fui esperá-lo à Rodoviária e ele vinha com um sorriso de orelha a orelha. Razão: um concurso do Programa Europeu Leonardo da Vinci para trabalhar três meses em Itália, à razão de 999 euros mensais. Também fiquei entusiasmado. Foi difícil aceitarem-me. Preferiam pessoas de Sociologia e de... Gestão de Empresas. Mas houve vagas que ficaram por preencher, eu insisti, levaram em conta o meu currículo e o facto de já falar um pouco de Italiano. Parti no início de Março para Lecce. Lecce é a capital do Salento, uma subdivisão da Puglia. Fica no extremo sudeste da Itália, virado para a Grécia. É uma cidade de cem mil habitantes, mais 25 mil universitários. Cidade plana, de gente um pouco saloia mas muito simpática, deu para andar todos os dias de bicicleta e correr 3x por semana. Consegui assim abater as mega-calorias absorvidas diariamente com a pizza, a pasta, i bruschetti, i pannini, la puccia, i gelatti, ecc...- Fui destacado para o Centro di Turismo Culturale. O trabalho era uma merda - não fiz nada de jeito, mas quero lá saber. Fiz muitos amigos, viajei, diverti-me. Amores é que nada, ainda conheci umas quantas raparigas palpitantes, mas o máximo que consegui foi uma sessão de masturbação recíproca num jardim público às tantas da manhã. Sim, [é verdade:] a rapariga estava sobre o efeito de cocaína.

Antes da Covilhã, V
- Os três «affaires» que se começaram a desenhar, nunca se concretizaram por motivos absurdos: A MaSart [nome original censurado] porque estudava em Bari, vieram os exames e não voltou mais a Lecce; a Mazia [nome alterado] porque à última hora o namorado adoeceu com alguma gravidade e ela ficou com remorsos de andar a flirtar comigo; a Vatti [nome alterado] porque... apanhou ela uma doença estranha e ficou de quarentana, precisamente quando me convidou para um romântico jantar na casa dela... Houve ainda um episódio lamentável com uma osga que entrou no quarto que partilhava com meu amigo de infância supracitado. Quem tratou do bicho foi a nossa colega Sónia, uma destemida cabo-verdiana campeã de kick-boxing no seu país-natal [esta informação carece de confirmação oficial]. Entretanto, descobri que ela há anos que é minha vizinha em Évora, conhece os meus pais e tudo. Mas nunca nos tínhamos visto a não ser no dia em que fomos para Lecce. Todo este episódio estimulou a imaginação literária do meu parceiro Alexandre, que escreveu um pequeno conto ensaístico, o qual te mandarei depois, caso me consiga lembrar. Voltei de Lecce no fim de Maio e, mais uma vez com o meu amigo Alexandre, fui inscrever-me num concurso público para um estágio de seis meses na CCRA (Comissão de Coordenação da Região Alentejo), aqui em Évora. Mas como se trata de um projecto ainda do Governo PS (nós estávamos em Itália aquando das eleições) o PSD está a sabotar e os atrasos acumulam-se. Espero começar em Setembro.

Antes da Covilhã, VI
- Entretanto, à pala das colaborações com o Diário do Sul, o Notícias do Algarve e o site www.sercultur.pt, tenho andado a girar pelo país, bato os festivais de cinema e de música e nunca estou mais de cinco dias na mesma cidade, o que, francamente, me agrada. Mas as colaborações não endinheiram ninguém e a minha conta bancária está a aproximar-se escandalosamente das duas casas decimais... Felizmente, há uma amiga minha, a Anc. [nome alterado], que mora aqui em Évora (eu acabei de chegar hoje do Porto, com almoço em Coimbra), que me está a dever dinheiro..; Sim, tenho dormido com ela, mas esporadicamente. Eu até gosto bastante dela, mas, para variar, ela é uma pessoa problemática, daquelas que se tentam [verbo censurado] duas vezes por ano. Infelizmente, ela não está interessada em assumir uma relação e para mim é arreliador irmos para a cama SÓ quando ELA QUER.- E pronto, haveria outras tantas coisas a acrescentar, mas acho que me vou ficar por aqui. Digo-te só que estou a preparar uma incursão para fazer uma Pós-Graduação em temas de Estética na Universidade de Barcelona, em 2003 e que também estou a planear umas exposições de fotografia... Depois esclareço melhor sobre estes projectos.- Em princípio parto para o Sudoeste quinta-feira. Bye Alexaia Wed, 31 Jul 2002 00:12:55 +0100

Calcanhotto

Ela, Adriana
Agora que editou o novo disco, pintrimpim, perdão, Partimpim, e ainda para escutar os antigos...
www.adrianacalcanhotto.com.br e o sósia http://www.adrianapartimpim.com/
De resto, até está mais bonita, um pouco, digo eu :
Desde urdoso plano fica obviamente excluído o kafke diem de Portimão.

Antes da Covilhã, por episódios

Na Volta da Nostalgia - Antes da Covilhã
Depois das histórias que fazem jus ao mito de que Coimbra sim tem mais encanto na despedida, entronquei agora noutras púngidas recordações escritas, há já mais de dois anos, para a Marta Miranda, a qual, curiosamente, viria a encontrar dois meses depois, de forma totalmente imprevisível, numa rua da Covilhã. Foi a primeira vez que estive em tal cidade. E ela também. Nenhum de nós fazia a menor ideia que o outro estaria por ali. E encontrámo-nos, aí, nessa rua estreita de cidade de província, às 21h da noite ou coisa assim.
O texto chama-se por isso, de forma apenas evocativa, ou seja, sem conteúdo algum, Antes da Covilhã, e apresenta algumas rasuras com respeito ao original. Isso explica-se pelo facto de ser uma carta e, portanto, nos dirigirmos a uma pessoa de forma que pode despertar sentimentos susceptíveis em terceiros, sobretudo se esses terceiros são aludidos. E dois anos é um tempo que já permite a revelação de alguns segredos, omissões, desatinos, transversalidades e considerações, mas não de todos, obviamente.Segue nos seguintes. Beijinhos. E que ninguém se magoe.

Antes da Covilhã, I
Para MARTA MIRANDA, 31 de Julho de 2002
Realmente, faz tempo que não falamos e tenho saudades tuas.Culpa minha porque não me informei devidamente do teu novo endereço de email, mas principalmente tua que não mo comunicaste, nem sequer tenho o teu actual nº de tm...Assim estaremos a partir de agora mais contactáveis, mutuamente, assim espero.De facto, tive a beber um copo com o Thom Yorke (e não Tom York, assim não casas com ele...) na sexta-feira passada no Aniki-Bóbó. Eh eh.Além da novidade da criação da revista, faço-te de bom grado um resumo dos meus últimos meses de vida, caso por ninguém tenhas sido informada:- Eu e a Xana rompemos (depois de tensões acumuladas ao longo de dois meses, que se revelariam fatais) em finais de Abril de 2001. Ela optou por deixar de me falar. Eu caguei.


Antes da Covilhã, II
- Sensivelmente nessa altura, comecei a andar com a Elza, uma pessoa extraordinária. Pelo menos, pensei assim até ela ter acabado comigo, em princípios de Setembro 2001.- Fiquei muito em baixo, até porque nunca percebi bem as razões que a levaram a cometer acto tão tresloucado. Foi depois da minha digressão europeia (tive uma semana na Bélgica, outra no Norte de Itália, e uma terceira em Madrid; foram umas férias féericas!).- Quando voltei, desfrutando ainda do maravilhoso trabalho no site da Yorn e das tremendas vantagens de mobilidade que me permitia, comuniquei-lhe que ia deixar de viver em Lisboa. Talvez essa tenha sido uma das razões. Mas ela nunca mo disse. Poderíamos ter conversado sobre o assunto.- De modos que, com o coração destroçado, sai mesmo de Lisboa. Aluguei um quarto em Coimbra, na RUA FERREIRA BORGES (sim, a sério!).

Antes da Covilhã, III
- Antes de me instalar lá, porém, fui a Faro (fim de Setembro) aproveitar as últimas deixas do Verão. Conheci a Margarida, com quem ainda mantenho hoje uma relação [Estamos em 31/7/2001]. Mas depois da Elza, [comentário censurado].- O último trimestre do ano passei-o a circular pelo país: Faro-Évora-Lisboa-Coimbra, sensivelmente à razão de uma semana em cada sítio. Consubstanciei-me enquanto entis viajatorius.- Entre Novembro e Dezembro tive uma aventura com Lina [parcialmente alterado].- Depois veio a má notícia: A Yorn ia cortar no orçamento, blá blá blá, prescindiram dos meus serviços. Fiquei na merda.- Em Janeiro e Fevereiro, continuando em Coimbra, procurei lá trabalho, e também no Porto, mas sem grande sucesso. Inscrevi-me num curso de Criação e Gestão de Empresas (daqueles de três meses em que não se aprende nada), uma vez que tinha algumas ideias para montar os meu próprios negócios.- Entretanto, entrei em rotura com a Visão. O último artigo meu que publicaram foi na primeira semana de Janeiro, 2002, sobre o Centro de Artes Performativas do Algarve (CAPA) e não gostei particularmente que me tivessem alterado o título e os últimos parágrafos do texto. Além disso, reduziram o pagamento.- Ainda assim, combinei mais dois artigos com eles, só que a coisa correu mal. O primeiro, sobre o Fantasporto, apareceu completamente alterado e sem o meu nome. O segundo, sobre o Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, ao que julgo, nem sequer foi publicado. Acontece que eu dei a cara pelos dois, fiz contactos, desloquei-me e no fim quem ficou mal visto fui eu. Não faço tenções de voltar a escrever para aquela revista de imbecis.

Antes da Covilhã, IV
- Tudo corria mal, portanto, até que recebi a visita de um amigo de infância, também chamado Alexandre, a pretexto de uma conferência sobre Globalização (um tema que lhe interessa), organizado pelo Boaventura Sousa Santos. Fui esperá-lo à Rodoviária e ele vinha com um sorriso de orelha a orelha. Razão: um concurso do Programa Europeu Leonardo da Vinci para trabalhar três meses em Itália, à razão de 999 euros mensais. Também fiquei entusiasmado.- Foi difícil aceitarem-me. Preferiam pessoas de Sociologia e de... Gestão de Empresas. Mas houve vagas que ficaram por preencher, eu insisti, levaram em conta o meu currículo e o facto de já falar um pouco de Italiano. Parti no início de Março para Lecce.- Lecce é a capital do Salento, uma subdivisão da Puglia. Fica no extremo sudeste da Itália, virado para a Grécia. É uma cidade de cem mil habitantes, mais 25 mil universitários. Cidade plana, de gente um pouco saloia mas muito simpática, deu para andar todos os dias de bicicleta e correr 3x por semana. Consegui assim abater as mega-calorias absorvidas diariamente com a pizza, a pasta, i bruschetti, i pannini, la puccia, i gelatti, ecc...- Fui destacado para o Centro di Turismo Culturale. O trabalho era uma merda - não fiz nada de jeito, mas quero lá saber. Fiz muitos amigos, viajei, diverti-me. Amores é que nada, ainda conheci umas quantas raparigas palpitantes, mas o máximo que consegui foi uma sessão de masturbação recíproca num jardim público às tantas da manhã. Sim, [é verdade:] a rapariga estava sobre o efeito de cocaína.

Antes da Covilhã, V
- Os três «affaires» que se começaram a desenhar, nunca se concretizaram por motivos absurdos: A MaSart [nome original censurado] porque estudava em Bari, vieram os exames e não voltou mais a Lecce; a Mazia [nome alterado] porque à última hora [motivo censurado] e ela ficou com remorsos de andar a flirtar comigo; a Vatti [nome alterado] porque... adoeceu[parcialmente censurado] e ficou de quarentana, precisamente quando me convidou para um romântico jantar na casa dela...- Houve ainda um episódio lamentável com uma osga que entrou no quarto que partilhava com meu amigo de infância supracitado. Quem tratou do bicho foi a nossa colega Sónia, uma destemida cabo-verdiana campeã de kick-boxing no seu país-natal. Entretanto, descobri que ela há anos que é minha vizinha em Évora, conhece os meus pais e tudo. Mas nunca nos tínhamos visto a não ser no dia em que fomos para Lecce. Todo este episódio estimulou a imaginação literária do meu parceiro Alexandre, que escreveu um pequeno conto ensaístico, o qual te mandarei depois, caso me consiga lembrar.- Voltei de Lecce no fim de Maio e, mais uma vez com o meu amigo Alexandre, fui inscrever-me num concurso público para um estágio de seis meses na CCRA (Comissão de Coordenação da Região Alentejo), aqui em Évora. Mas como se trata de um projecto ainda do Governo PS (nós estávamos em Itália aquando das eleições) o PSD está a sabotar e os atrasos acumulam-se. Espero começar em Setembro.

Antes da Covilhã, VI
- Entretanto, à pala das colaborações com o Diário do Sul, o Notícias do Algarve e o site www.sercultur.pt, tenho andado a girar pelo país, bato os festivais de cinema e de música e nunca estou mais de cinco dias na mesma cidade, o que, francamente, me agrada. Mas as colaborações não endinheiram ninguém e a minha conta bancária está a aproximar-se escandalosamente das duas casas decimais...- Felizmente, há uma amiga minha, a Anc. [nome alterado], que mora aqui em Évora (eu acabei de chegar hoje do Porto, com almoço em Coimbra), que me está a dever dinheiro..; Sim, tenho dormido com ela, mas esporadicamente. Eu até gosto bastante dela, mas, para variar, ela é uma pessoa problemática, daquelas que se tentam [verbo censurado] duas vezes por ano. Infelizmente, ela não está interessada em assumir uma relação e para mim é arreliador irmos para a cama SÓ quando ELA QUER.- E pronto, haveria outras tantas coisas a acrescentar, mas acho que me vou ficar por aqui. Digo-te só que estou a preparar uma incursão para fazer uma Pós-Graduação em temas de Estética na Universidade de Barcelona, em 2003 e que também estou a planear umas exposições de fotografia... Depois esclareço melhor sobre estes projectos.- Em princípio parto para o Sudoeste quinta-feira. Bye Alexaia Wed, 31 Jul 2002 00:12:55 +0100

25 noviembre 2004

Recordações te tempos claros

Recordações de tempos claros
Coimbra-Lecce, email de 14 Mar 2002 em 3 tomos, sendo este o primeiro
......................
Amigos e não só,Venho por este meio confirmar que os rumores são verdadeiros:Vou 3 meses para Itália. E claro, 3 meses significa que não irei de férias...A cidade é Lecce, na ponta sul. Aceitam-se inscrições para visita. Ainda não sei a morada, mas para aqueles que estiverem interessados, indicarei depois.De qualquer forma, fica sem efeito a minha residência de Coimbra, na Rua Ferreira Borges. Quando regressar já não volto para lá.
alexei 21 noviembre 2004

(MAPAS) Las fotos no salen

Otro MAPA curioso
Véase este curioso mapa de España, además se puede fácilmente comparar con el otro inmediatamente abajo...
Intentaré sacar más a la luz. Es hora de ir a comer :-x

22 noviembre 2004 comentarios trackbacks [0]
webs de turismo en España (huele a vacaciones)
Mejor huele que huelga, así suele ser, al entardecer. Que versos más ágiles y superchupiguays, :ro: Guaydiana, Guaydaquilvir, etc...
Bueno, sirve esta pare dejar cuenta y marca de sites de turismo en España, veamos:
www.spain.info - la verdad es que de momento no estaba a funcionar, pero parece que es muy bueno, así lo pintan. Email: segitur@spain.info
Hay también el WWW.LOSVIAJESDEHERMES.COM
Luego está el www.ecoturismorural.com/ con enlaces a info más detallada, o tedallada también, de cada comunidad/región. La música es muy seria ahora. Más alegría por favor.
Linka/Collega también para http://www.agrotur.com/ y www.expotural.com
Para info de EUROPA, esa gran nación, tenemos www.eurogites.org
Hasta la Vista Baby Cherry pastanaga.



21 noviembre 2004 comentarios trackbacks [0]

NOT voting for BUSH?

a conferência do Alexandre Manuel

a conferência do Alexandre Manuel
em conversa estelar e internáutica esta manhä, via msg, apresentou-me o Alexandre, dilecto amigo, à sua veia conferencista, com o link
www.actae.uevora.pt
onde podemos encontrar a sua conferência que tentou rivalizar com a do Gianni Vattimo na universidade eborense (sorry for the private joke)
06 septiembre 2004

(mais) mapas e diagramas de metros


20 septiembre 2004
mapas de metros do mundo
bem que me apetecia escrevinhar umas coisitas por aqui, sinto essa necessidade, esse anseio, mas falta tempo e até o computador parece sabotado, a escrever tão lento...
justamente o oposto do que necessito..
Seja lá para que lado for, de momento, só mesmo para registar alguns achados importantes em tempo de crise:
MAPAS DE METRO e TRANSPORTES de várias cidades
http://www.metropla.net/links/
e
http://www.arar.org.ar/CT_LNKS.html
20 septiembre 2004

aqui vai outro do género, embora não esteja certo de que funcione: http://www.xs4all.nl/~ovc30jrm/metros.htmbub

Monday, October 10, 2005

exemple de com funcionaba bé al Barcelonablogs (Si i No)

comentari a efímer III (ho sento - veure anterior)
"perquè sé que el meu aparell de VHS se m’espatllarà un dia o altre i em quedaré sense un dels meus "humoristes" preferits." dius. Peró, creus de fet qu'aixó es un perill existencial? No dubto que t'agrada el Tati, gairabé tant com un bon pols (a mi també m'agrada molt el cine), peró les pelis del Tati seguirán existint els registres de les Cinemateques, i a mes a mes es publicaran en altres formats per que tu i altres hos puguin comprar, continuant així amb cicle del consumisme de bens intelectuals.

Jo utilitzo móvil fa ara deu anys. Ho he cambiat una vegada. Mai m'he comprat algún, sempre m'hos van regalar.

Resistir es possible. Es més: es fácil.

comentari a efímer II (ho sento - veure anterior)
El que passa es que la indústria produeix la tecnologia deliberadament de forma a qu'es torni obsoleta en un parell d'anys.

I que la nostra societat/cultura ha fet un fet del fet de que cadascú de nosaltres hagi de tenir tot (mes o menys, clar) al que l'agradi, a casa seva. Hem criat una sensació de confort amb la proprietat de objectes simbólics, alguns dels quals, en realitat, utilitzem massa poc o mai.

Aixó es una variant del consumisme. Mes disfarçada i més subtil, per també ho és.

De debó, crees que es necessari tenir al Jaques Tati a casa? Quantes vegades ho veus al any? I no t'agrada quand las sevas pelis passan a la filmo i las pots veure en grand format, pel qual, de debó, estan concebudas?

(continua el proper)

comentari a efímer I
(es que él lo puede borrar, por eso lo transcrivo:)
http://www.barcelonablogs.com/saragatona/ efimer

(tengo que continuarlo en otro post porque una vez más esta mierda me dice que el texto tiene más que 3000 caracteres, cuando en realidade no tiene ni mitad....)
25 noviembre 2004

O Aqueduto...

vamos lá ser bonzinhos
Assunto: CRIL derruba Aqueduto às Portas de Lisboa
O quase tricentenário aqueduto das águas livres, monumento nacional, está em vias de ser destruido para dar passagem a uma estrada entre Benfica e a Buraca às portas de Lisboa. Existem alternativas viáveis e, até eventualmente, mais económicas. Para salvaguardar este património edificado, em vias de ser classificado património da humanidade pela UNESCO, assine a petição na internet.
Estamos à espera de obter 5 mil assinaturas para serem entregue no Parlamento. A petição para assinar pela preservação do Aqueduto das Águas Livres está em:

http://oprurb.org/noticias.php?id=16&lg=pt

também trabalho curioso em
http://www.geocities.com/Athens/Atrium/2046/aqueduto.html

Sites e Blogs da amigalhada

o bicho tem um blog
Oi oi oi :P
Com muita surpresa hoje verifiquei que o sacana, ele sim, não vem visitar-me, mas pelo menos também tem um blog de bolonha, pelo que o anuncio em sinal de boas vindas à confraria bitagórica:
http://andacaqueunataleijo.blogspot.com/
(trata-se do meu estimado amigo Luís Miguel Frango Marques Bicho)
Recordo também o do manuel, Alexandre:
http://intenuilabor.blogspot.com/2005/01/tout-propos-100.html
08 enero 2005

sites da Joana Linda
O apelido dela é sincero, ainda que no email tenha cometido o acto falhado de tratar-me por 'Filipe'. Enfim, uma confusão vegetariana.
Deixando o dialogismo das apresentações, passamos ao grão, nos seus próprios comentários:
http://lightstripping2.no.sapo.pthttp://www.livejournal.com/users/singingsmile
O endereço do livejournal também está no site mas ficas com ele na mesma porque é onde eu costumo escrever e porque o site vai sofrer umas mudanças e se calhar vou deixar de linkar para lá, não sei. Quanto às minhas revistinhas a informação está no live journal mas esta semana vou fazer uma página no site para ficar tudo mais direitinho. Estou a fazer assinaturas de 3 meses que custam 10 euros. Todos os meses as pessoas recebem uma revistinha com fotos e textos em sua casa. Já comecei a enviar a de Novembro e acho que os meus clientes estão a ficar satisfeitos, vamos lá ver...
Como te está a correr a vida aí em Barcelona, continuas animado? Espero que as aulas e as borgas te estejam a correr bem.
beijinhos
joana
20 diciembre 2004

blog galego e site esther
Hoje não posso deixar de recomendar um site em galego, um blog, que dá pela seguinte direcção:
http://www.velaqui.blogspot.com
Foi-me recomendado pela Esther, de quem também folheei, e gostei, o seu site pessoal, vocacionado para a fotografia, como não podia deixar de ser. Encontra-se discando:
http://158.109.220.180/taboada/
ampliação da foto: http://photos1.blogger.com/img/246/1290/1024/lavadora.jpg
até mais logo. Alexandre

18 diciembre 2004

Blog da FILIXANA e outros
blog da filixana: http://filipasredbook.blogspot.com/
Feeling Yourself Disintegrate dice:
por favor, deixa uns comentários parvos no seguinte blog...
Feeling Yourself Disintegrate dice:
http://parecequesdebeja.blogspot.com/
11 diciembre 2004

Cine activismo en Barcelona

100.000 Retinas y Cine Melies BCN
Gran ejemplo de resistencia y cultura cinematográfica, el cinema Mélies de Barcelona, cuya programación se puede consultar en
www.cine-melies.blogspot.com
O al menos eso es lo que dicen los propios, pero hasta ahora no he conseguido entrar en el site; lástima porque no siempre es posible acceder a la programación.
Mejor suerte da el enlace para 100.000 retinas, para quien también sólo tengo palabras de elogio.
http://www.retinas.org/
bones pelicules.
Recordant també Placebo i Lamb, els anys que no tornen enrerre.

Sobre Célia Barros (versão portuguesa fragmentada)

Sobre Célia Barros, 0 (zero)
Retrato de uma artista enquanto jovem

Célia Barros – o resultado é o processo

«Dependendo do que estou a fazer surge claramente a figuração ou a abstração ‘pura’. (...) Desenvolvi uma luta entre a abstracção e a figuração, tentando encontrar um meio termo entre as duas.» - Célia Barros

por Alexandre Nunes de Oliveira
Apesar da sua presença inspirar tranquilidade, esta promissora artista plástica portuguesa, de tão só 27 anos, patenteia um espírito inquieto e irreverente, mais atreito a perguntas que a respostas. Actualmente a residir no Brasil, onde partiu em busca de novas experiências, Célia Barros viveu os primeiros anos do novo século em Barcelona, uma das urbes europeias que dispõe de meios artísticos mais desenvolvidos. Rastreamos a sua evolução artística durante os anos que ali passou, na dialéctica fecunda entre escultura e gravura, desejo e espacialidade, abstracção e figuração, no encontro, enfim, da arte na suas dimensões experimental, dinâmica e processual.

Sobre Célia Barros, I
I. Os anos de Barcelona

Célia Barros, artista portuguesa nascida em Lisboa há pouco menos de trinta anos, deixou em 2000 a capital do seu país para ir ao encontro e abraço de Barcelona - urbe ancorada entre o Mediterrâneo e os Pirinéus, dividida entre a paixão pela ancestralidade da cultura catalã e um pulsar indiscutivelmente cosmopolita. Tratou-se, pois, de uma decisão certamente astuta, ou pelo menos de felizes consequências, atendendo à míngua e oclusão dos meios artísticos em Portugal, e nomeadamente das suas parcas possibilidades de mercado. Contrariamente, Barcelona, sem qualquer dúvida uma das mais estimulantes metrópoles europeias deste início de século, exibe outra pujança e brilho cultural, com um panorama artístico absolutamente vivo, intenso e plural.
Trata-se, portanto, de um meio naturalmente mais predisposto à aceitação de novas propostas – falamos de público, instituições, compradores e vendedores – e que propicia excelentes condições aos jovens artistas para o desenvolvimento das suas ideias, das suas inquietações, do seu entusiasmo. Prova concludente é que em quatro anos Célia conseguiu número igual de exposições individuais em lugares públicos da cidade. Foram elas, por ordem cronológica: «Ilustraciones del libro Marranades», na Cerería; «Litografias», no Casinet d’Hostafrancs; «Objecte Invulgar», na Casa Elizalde (todas durante 2003); e «Huella y Natura», nas Cotxeres de Sants, já em 2004.

Sobre Célia Barros, I e mezzo

Além destas, Célia participou em inúmeras apresentações colectivas. Acompanhar de perto todas estas mostras permite-nos una visão de conjunto da obra de Célia Barros e da sua evolução temática e plástica, que é o que em seguida deslindaremos.Antes, porém, demos guarida às suas palavras: «Não considero Barcelona como a minha cidade de adopção, mas sim como a cidade do primeiro salto, a primeira tentativa de romper com os processos normais. Romper com o habitáculo natural ou acostumado, significa para mim, poder romper com muitos raciocínios. Assim, durante a minha estada em Barcelona aluguei vários ateliers de gravura porque cada oficina tem uma organização diferente, à qual rapidamente me adapto e quanto mais tempo permaneço nesse espaço mais adequado ele me parece. Mudar de espaço de trabalho obriga sempre a mudar a organização, a metodologia, e por conseguinte, o raciocínio, o que constitui um desafio renovado».

Sobre Célia Barros, II
II. Entre Eros e Geometria

Não se dá o caso para dizer que a vida artística de Célia Barros começou já na Capital da Catalunha. Como estudante na ESTGAD (Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha), já havia apetrechado a bagagem com a pintura, e com uma das suas primordiais paixões - a gravura. Foi esta técnica que acabou por abraçar de forma mais intensa e decidida a partir dos seus estudos nos ateliers da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona.
As suas obras gravadas pautam-se por certo minimalismo cromático, de tensão entre o claro (um «branco sujo») e o sombrio (tons de castanho, cinzentos e negros). Um contraste que, contudo, não incide tanto sobre a luminosidade senão sobre a forma - o desenho e a articulação de figuras e contornos. Estas formas hesitam, ou oscilam, entre duas buscas fundamentais: por um lado, movimentos geométricos que progressivamente se volatilizam e se esvanecem. Por outro, a expressão de um mundo erótico povoado de fantasias e relatos pessoais, com uma tendência à ironia (um estado de espírito) e ao grotesco (um recurso plástico).
Célia é consciente desta dicotomia, que, como veremos, não é mutuamente redutível: «existem duas linhas que definem o desenrolar do meu trabalho: arte / processo / espaço e sexualidade / corpo / humano. Algumas vezes estes temas coincidem no mesmo projecto».
No primeiro grupo, naturalmente mais tendente à abstracção, encontrámos primeiro espaços de sobreposições de linhas, labirintos, quadrados ou rectângulos, frequentemente em perspectivas oblíquas e até algo desavindas. Estas primeiras figuras deram depois passo à entrada (e pesquisa) da cor, em tonalidades secas, ou sépias, de amarelos, verdes e vermelhos e também à difuminação da geometria, gradualmente substituída por formas mais invertebradas, intangíveis, como que fantasmáticas... Nelas podemos entrever, se quisermos manter algum enlace com a representação, breves volutas de fumo de cigarro, radiografias desgastadas ou indecifráveis aparições espectrais.

Sobre Célia Barros, II e mezzo
II, cont.

Na vertente erótica, claramente apostada na neo-figuração, vemos um imaginário de corpos sempre desnudos, sem pudor de exibir a genitalidade, a masturbação e a cópula. Estes corpos são muitas vezes apresentados de maneira sórdida, às vezes rastejando, outras com a aparição de elementos animais (narizes de suíno, por exemplo) e mais habitualmente com grande desfasamento de proporção. É o caso das pranchas utilizadas em Marranades, a sua primeira mostra, inspirada no livro Estranhos Prazeres, a novela de maior êxito da escritora francesa Marie Darrieussecq (n.1969). «Conheci este texto através de uma obra de teatro d'O Bando, mais precisamente a obra com que estrearam o espaço de Palmela, depois de terem estado em Santo Antonio à Estrela. Foi das peças de teatro que mais me impressionou até hoje, chamaram-lhe A Porca. As ilustrações estão muito influenciadas pela estética da obra», explica Célia, que viu nesta representação teatral uma abertura ao mundo da «nossa faceta animal e andróide».Parece então ser com certa naturalidade, quase como que buscando uma plenitude, que encontramos também trabalhos onde as duas componentes anteriormente referidas – erotismo e geometrismo – se entrecruzam amavelmente. Esta terceira via de mesclagem ou síntese podemos já apreciá-la identicamente nalgumas das ilustrações de Marranades: diante de um labirinto branco e negro, em perspectiva diagonal, vemos corpos humanos rastejando e coexistindo com animais. Parecem forjar um apelo às dimensões mais recônditas da interioridade humana, a uma obscuridade irrespirável e sufocante, a uma sexualidade fragmentária, doentia e perversa (ou ‘suja’). Resta saber se falamos da natureza humana (id ou líbido) ou da repressão sócio-cultural (superego).

Sobre Célia Barros, III
III. O Curso do Método

A meio caminho, aquando da sua exposição individual na Casa Elizalde, um centro cultural que não sendo dos primeiros, tem lugar influente no panorama artístico de Barcelona, Célia Barros introduziu novos conceitos no campo da sua obra e da apresentação expositiva, a nível espacial e de conjunto.
De facto, falamos neste caso mais propriamente de sequências de obras que de trabalhos isolados. Encontrámos, por exemplo, a distribuição de várias das estampas pelo solo, segundo um modelo composicional, o que implica que nenhuma delas em particular seja obra, em solitário, se não que a obra se torna o conjunto, e além do mais o conjunto distribuído de uma certa maneira, não isento de uma (in)certa arbitrariedade, e ainda mais: ocupando este espaço preciso.
Temos a anuência da jovem artista: «na exposição da Casa Elizalde, a técnica utilizada é unicamente a calcografia em pranchas de ferro. A arbitrariedade é emocional, sensitiva e táctil. As estampas não estavam emolduradas, não havia nenhum tipo de protecção ou distanciamento da obra face ao espectador. Ainda mais: uma alcatifa onde te deverias descalçar para que te pudesses aproximar das estampas e das matrizes tanto quanto quisesses. A maioria destas estampas estão guardadas como relíquias e não as posso vender, uma vez que estão impregnadas de marcas deixadas pelos visitantes da exposição.»O processo criativo não se acaba portanto no acto em que as pranchas impressas saem das maquinarias de gravação. Cada objecto resultante deste primeiro instante geracional deriva por sua vez elemento de outro processo maior, já não só ilustrativo, mas instalativo ou instalacional: a obra devém da agregação do que então passam a ser fragmentos, fracções, agora resgatados num novo movimento criativo – e além do mais dinâmico, aberto, nunca verdadeiramente acabado. O que corresponde a dizer que a noção de processo começa a ganhar relevância no pensamento e no labor artísticos de Célia.

Sobre Célia Barros, IV
IV. Nos interstícios da obra

Chegados a 2005, esta predominância do conceito de processo – nas suas dimensões pragmática e poética – na obra da artista de origem lisboeta, atingiu já um avatar de maturidade. Isso mesmo tivemos oportunidade de presenciar nas suas obras expostas numa colectiva da galeria Aukan, também em Barcelona, no início deste ano.
Nos três trabalhos que apresentou, havia um aspecto constante: as próprias placas de gravação, habitualmente um artefacto utilizado em estúdio para a confecção de uma obra impressa, são elevadas à categoria de escultura, passam aqui a ter o estatuto de obra de arte. Em busca de fusões, Célia logrou igualmente unir no mesmo trabalho as suas duas expressões favoritas: escultura e gravura, em frutífera comunhão, plasmando-se e homenageando-se na sua polifacética amplitude de recursos e possibilidades.
Numa das obras, a prancha de impressão, usada, desgastada e ferrugenta, pendia suspensa do tecto, consagrando-se em toda a riqueza de experiência tridimensional ao olhar do espectador. Este elemento que correntemente não era senão um aparato técnico manipulado na produção daqueles objectos que viriam a ser os verdadeiros resultados artísticos, ascende agora ao lugar do visível: já não serve para fazer arte, senão que ele mesmo se faz arte.
As restantes duas peças, mais aparentadas entre si, ofereciam-se na parede, num jogo de dupla apresentação: desde um cilindro de ferro, também tradicionalmente e por norma apenas um instrumento da oficina de gravura, escoa-se um baixo relevo de silicone, como que reproduzindo a folha impressa. Além do impacto visual que criam os contrastes e as texturas, a obra provoca um evidente efeito simbólico: o que se está representando em obra é o momento em que a obra sai da máquina, ou seja, é uma clara e sentida evocação do estético enquanto processo e não (somente) como resultado.Ou dito de outra forma: o processo é o resultado, o que é arte encontra-se em todos os momentos da sua própria sequência criativa e heurística, como uma descoberta, uma adveniência, um devir, perpetuum moto.

Sobre Célia Barros, V
V. Palavras finais

Célia Barros vive actualmente no Brasil, numa pequena comunidade do interior do Estado de São Paulo, onde participa num projecto de eco-arte, ou arte ambiental, através da recolha não agressiva de despojos naturais nas imediações da Amazónia e a sua posterior utilização no fabrico de objectos artísticos. O próximo passo, possivelmente já em marcha, poderá ser a vida como processo, como poço inesgotável de criatividade, se nos fazemos entender.

Alexandre Nunes de Oliveira
27 marzo 2005

Sobre Célia Barros (versión castellana fragmentada)



Sobre Célia Barros, 0 (cero)
Retrato de una joven artista a su paso por Barcelona

Célia Barros – El resultado es el proceso

«Según lo que me ponga a hacer surge claramente la figuración o la abstracción ‘pura’. (...) Desarrollé una lucha entre abstracción y figuración, intentando encontrar un término medio entre ambas.» - Célia Barros

por Alexandre Nunes de Oliveira
A pesar de su presencia inspirar tranquilidad, esta prometedora artista plástica portuguesa de 27 años, patenta un espíritu inquieto e irreverente, más dado a preguntas que a respuestas. Actualmente vive en Brasil, hacia donde partió en búsqueda de nuevas experiencias, pero Célia Barros pasó los primeros años del novel siglo en Barcelona, una de las urbes europeas que dispone de los medios artísticos más desarrollados. Rastreamos su evolución artística durante los años que ahí estuvo, dentro de la dialéctica fecunda entre escultura y grabado, deseo y espacialidad, abstracción y figuración, para encontrar, finalmente, el arte en sus dimensiones experimental, dinámica y procesual.

Sobre Célia Barros, I (castellano)
I. Los años de Barcelona
Célia Barros, artista portuguesa nacida en Lisboa hace poco menos de treinta años, dejó en el 2000 la capital de su país para irse al encuentro y abrazo de Barcelona - urbe anclada entre el Mediterráneo y los Pirineos, dividida entre la pasión por la ancestralidad de la cultura catalana y un pulsar indiscutiblemente cosmopolita. Seguramente se trató de una decisión astuta de su parte, o al menos de felices consecuencias, atendiendo a la carencia y oclusión de los medios artísticos en Portugal, y designadamente por sus parcas posibilidades de mercado. Contrariamente Barcelona, sin cualquier duda una de las más estimulantes metrópolis europeas de este inicio de siglo, exhibe otra pujanza y brillo cultural, con un panorama artístico absolutamente vivo, intenso y plural.

Sobre Célia Barros, I e mezzo (castellano)
La Ciudad Condal es, por tanto, un medio naturalmente más predispuesto a la aceptación de nuevas propuestas – hablando de público, instituciones, compradores y vendedores – y que propicia excelentes condiciones a los jóvenes artistas para el desenrollar de sus ideas, capacidades, inquietudes, energías. Prueba concluyente es que en cuatro años Célia consiguió número igual de exposiciones individuales en lugares públicos de la ciudad. Han sido, por orden cronológico: «Ilustraciones del libro Marranades», en la Cerería; «Litografías», en el Casinet d’Hostafrancs; «Objecte Invulgar», en Casa Elizalde (todas durante 2003); y «Huella y Natura», en las Cotxeres de Sants, ya en el 2004.
Allende, Célia participó en incontables presentaciones colectivas. Acompañar de cerca todas estas muestras nos permite una visión de conjunto de su obra y de su evolución temática y plástica, que es lo que en seguida deslindaremos.Antes, sin embargo, prestemos guarida a sus palabras: «No considero Barcelona como mi ciudad de adopción, pero sí como la ciudad de primer salto, mi primer intento de romper con los procesos normales. Romper con el habitáculo natural o usual, significa para mí poder romper con muchos raciocinios. Así, durante mi estadía en Barcelona, alquilé varios talleres de grabado porque cada lugar dispone de una organización diferente, a la cual rápidamente me adapto y cuanto más tiempo permanezco en ese espacio más adecuado él me parece. Mudar de espacio de trabajo obliga siempre a cambiar la organización, la metodología, y por consiguiente, el raciocinio, lo que constituye un desafío renovado».

Sobre Célia Barros, II (castellano)
II. Entre Eros y Geometría

No es caso para decir que la vida artística de Célia Barros haya empezado sólo en la capital de Cataluña. Mientras era estudiante en ESTGAD (Escuela Superior de Arte y Diseño de Caldas da Rainha, en la costa central portuguesa) ya había apertrechado su equipaje con la pintura y con una de sus primordiales pasiones - el grabado. Fue esta técnica la que acabó por abrazar de forma más intensa y decidida, a partir de sus estudios en los talleres de la Facultad de Bellas Artes de la Universidad de Barcelona.
Sus obras grabadas se caracterizan por cierto minimalismo cromático, de tensión entre lo claro (un «blanco sucio») y lo sombrío (tonos de marrón, gris y negros). Un contraste que, no obstante, no incide tanto sobre la luminosidad sino sobre la forma - el dibujo y la articulación de contornos. Estas formas vacilan, u oscilan, entre dos búsquedas fundamentales: por un lado, movimientos geométricos que progresivamente se volatilizan y desvanecen. Por otro, la expresión de un mundo erótico poblado de fantasías y relatos personales, con tendencia a la ironía (un estado de espíritu) y a lo grotesco (un recurso plástico).

Sobre Célia Barros, II e quarto (castellano)

Célia es consciente de esta dicotomía, que, como veremos, no es mutuamente reductible: «existen dos líneas que definen el desarrollo de mi trabajo: arte / proceso / espacio y sexualidad / cuerpo / humano. Algunas veces estos temas coinciden en el mismo proyecto».En el primer grupo, naturalmente más propenso a la abstracción, encontramos inicialmente espacios de superposiciones de líneas, laberintos, cuadrados o rectángulos, frecuentemente en perspectivas oblicuas e incluso algo desavenidas. Estas primeras figuras han dado después paso a la entrada (y pesquisa) del color, en tonalidades secas, u ocres, de amarillos, verdes y rojos, así como a la difuminación de la geometría, gradualmente substituida por formas más invertebradas, intangibles, medio fantasmagóricas... En ellas podemos entrever, si queremos mantener algún enlace con la representación, breves volutas de humo de cigarro, radiografías desgastadas o indescifrables apariciones espectrales.


Sobre Célia Barros, II e mezzo (castellano)
En la vertiente erótica, claramente apostada por la neofiguración, vemos un imaginario de cuerpos invariablemente desnudos, sin pudor de exhibir su genitalidad, la masturbación o la cópula. Tales cuerpos son a menudo presentados de manera sórdida, a veces gateando, otras con la aparición de elementos animales (narices de cerdo, por ejemplo) y más habitualmente con gran desfasamiento de proporciones. Es el caso de las planchas utilizadas en Marranades, su primera muestra, inspirada en el libro Chanchadas, la novela de más éxito de la escritora francesa Marie Darrieussecq (n.1969). «Conocí este texto a través de una obra de teatro del grupo portugués O Bando, una de las piezas de teatro que más me impresionó hasta hoy, y titulada A Porca [La Cerda]. Las ilustraciones están muy influenciadas por la estética de esa obra teatral», explica Célia, que ha visto en esta representación dramática una apertura al mundo de «nuestra faceta animal y androide».Parece entonces ser con naturalidad, casi como buscando una plenitud, que encontramos también trabajos donde las dos componentes anteriormente referidas – erotismo y geometrismo – se entrecruzan amablemente. Esta tercera vía de mezcla o síntesis podemos ya apreciarla en algunas de las ilustraciones de Marranades: delante de un laberinto blanco y negro, en perspectiva diagonal, vemos cuerpos humanos arrastrándose y coexistiendo con animales. Parecen forjar una invocación a las dimensiones más recónditas de la interioridad humana, a una obscuridad irrespirable y sofocante, a una sexualidad fragmentaria, enfermiza y perversa (o ‘sucia’). Resta saber si hablamos de la naturaleza humana (id o libido) o de la represión socio-cultural (superego).

Sobre Célia Barros, III (castellano)
III. El Curso del Método

A medio camino, en su exposición individual en Casa Elizalde, un centro cultural que no siendo de los primeros, tiene su lugar influyente en el panorama artístico de Barcelona, Célia Barros introdujo nuevos conceptos en el campo de su obra y de la presentación expositiva, a nivel espacial y de conjunto.
De hecho, nos referimos aquí más propiamente a secuencias de obras que a trabajos aislados. Encontramos, por ejemplo, la distribución de varias de las estampas por el suelo, siguiendo un modelo composicional, lo que implica que ninguna de ellas en particular sea obra, en solitario, sino que la obra consiste en todo el conjunto - el conjunto distribuido de una cierta manera, no exento de una (in)cierta arbitrariedad y ocupando ese espacio preciso.

Sobre Célia Barros, III e mezzo (castellano)
Contamos con la anuencia de la joven artista: «en la exposición de Casa Elizalde, la técnica utilizada es únicamente la calcografía en planchas de hierro. La arbitrariedad es emocional, sensitiva y táctil. Las estampas no estaban enmarcadas, no había ningún tipo de protección o distanciamiento de la obra hacia el espectador. Es más: una alfombra donde te deberías descalzar para que pudieras aproximarte a las estampas y a las matrices tanto como quisieras. La mayoría de estas estampas las guardo como reliquias y no las puedo vender, una vez que están impregnadas de huellas dejadas por los visitantes de la exposición.»El proceso creativo no se acaba por lo tanto en el acto en que las planchas impresas salen de las maquinarias de grabación. Cada objeto resultante de este primer instante generacional deviene a su vez elemento de otro proceso mayor, ya no sólo ilustrativo, mas instalativo o instalacional: la obra emerge de la agregación de lo que pasan a ser fragmentos, fracciones, mientras tanto rescatados en un nuevo movimiento creativo – y además dinámico, abierto, nunca verdaderamente acabado. Lo que corresponde a decir que la noción de proceso gana relevancia superior en el pensamiento y en la labor artística de Célia.

Sobre Célia Barros, IV (castellano)
IV. Por los intersticios de la obra

Llegados a 2005, la predominancia del concepto de proceso – en sus dimensiones pragmática y poética – en la obra de la artista de origen lisboeta, alcanzó ya un avatar de madurez. Eso tuvimos oportunidad de presenciar en sus obras expuestas en una colectiva organizada por la galería Aukan, también en la Condal, en los primeros meses de este año.
En los tres trabajos que nos presentó, había un aspecto constante: las propias placas de grabación, habitualmente no más que un mecanismo utilizado en el taller para la confección de la obra impresa, aparecen elevadas a la categoría de escultura, pasan a tener el estatuto de obra de arte. Persiguiendo fusiones, Célia logró igualmente unir en el mismo trabajo sus dos expresiones favoritas: escultura y gravado, en fructífera comunión, plasmándose recíprocamente en su polifacética amplitud y fiesta de recursos y posibilidades.

Sobre Célia Barros, IV e mezzo (castellano)
En una de las obras, la plancha de impresión, usada, desgastada y oxidada, pendía suspensa del techo, consagrándose en toda su riqueza de experiencia tridimensional a la mirada del visitante. Este elemento que corrientemente no era sino un aparato técnico manipulado para la producción de aquellos objetos que vendrían a ser los verdaderos resultados artísticos, asciende ahora al lugar de lo visible: ya no sirve sólo para hacer arte, sino que él mismo se convirtió en arte.
Las restantes dos piezas, más similares entre sí, estaban fijadas en la pared, en un juego de doble representación: desde un cilindro de hierro, también tradicionalmente y por norma un instrumento de la manufactura de grabado, cuelga un bajo relieve de silicona, como si reproduciera la hoja acabada de imprimir. Además del crudo impacto visual que generan los contrastes y las texturas, la obra provoca un evidente efecto simbólico: lo que se está representando en obra es el momento en que la obra sale de la máquina, o sea, es una clara y sentida evocación de lo estético como proceso y no (solamente) como resultado.
O dicho de otra forma: el proceso es el resultado - lo que es arte se encuentra en todos los momentos de su propia secuencia creativa y heurística, como un descubrimiento, una avenencia, un devenir, perpetuum moto.

Sobre Célia Barros, V (castellano)

V. Palabras finales

Célia Barros vive actualmente en Brasil, instalada en una pequeña comunidad del interior del Estado de São Paulo, donde participa en un proyecto de eco-arte, o arte ambiental, a través de la recogida no agresiva de despojos naturales en las cercanías de Amazonia y su posterior utilización para el montaje de objetos artísticos. El próximo paso, posiblemente ya en marcha, podrá ser la vida como proceso, como pozo inagotable de creatividad.

Alexandre Nunes de Oliveira
27 marzo 2005