Wednesday, October 26, 2005

nao sei
Não sei se estás aí,
se és doce ainda,
se escurecem flores amargas nas pontas estriadas do teu cabelo.

Os anjos escorriam antes dos teus poros,
era o seu máximo viver.

Eu nunca fui anjo.

Tarde enjeito o dia das excomunhões.
A música sela-me os lábios sem beijos de madrugada.
Amo o amor.
Dias felizes e inquietos, o mar nos cabelos e nos sexos.
O vento nos sinos das catedrais.

Quero escrever com as tuas mãos.
17 abril 2004

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